Cuidar da sua reputação é proteger o futuro da sua carreira. (Imagem: Reprodução/Freepik)

Quando o prontuário vira sua defesa: 5 boas práticas que todo médico precisa seguir

Descubra como o prontuário médico se torna sua melhor defesa legal. Conheça as 5 boas práticas essenciais para documentação adequada e proteção ética profissional com a Forza Seguros.

O prontuário médico é seu principal instrumento de defesa ética e jurídica. Em investigações do CRM ou processos judiciais, o prontuário é a primeira evidência analisada. Um prontuário bem documentado demonstra que você agiu com cuidado e competência; um incompleto pode ser interpretado como negligência, mesmo que você tenha prestado excelente atendimento.

Este artigo apresenta cinco boas práticas essenciais para manter um prontuário que o proteja legalmente.

Por que o prontuário é sua melhor defesa

O prontuário é a evidência objetiva de sua conduta profissional. Em sindicâncias éticas no CRM ou processos judiciais, investigadores e juízes analisam o prontuário para determinar se você seguiu os padrões esperados. Um prontuário bem documentado demonstra avaliação completa, consideração de opções de tratamento, obtenção de consentimento informado e acompanhamento apropriado do paciente.

Existe um princípio fundamental que todo médico deve conhecer: o que não está documentado presume-se que não foi feito. Um exame físico realizado, mas não registrado, pode ser interpretado como não realizado. Uma conversa sobre riscos não documentada pode resultar em acusação de falta de consentimento informado.

Um prontuário bem documentado também o protege contra acusações falsas. Se um paciente alega que você não realizou um exame, o prontuário prova que realizou e quais foram os achados. Se alega que você não explicou os riscos, o prontuário demonstra que a conversa ocorreu.

Boa prática 1: registrar cada atendimento de forma completa, legível e cronológica

Cada registro deve incluir: data e hora, motivo da consulta, história clínica relevante, achados do exame físico, diagnósticos considerados, exames solicitados, plano de tratamento e orientações ao paciente. Para procedimentos, inclua descrição detalhada da técnica, achados, complicações e plano de acompanhamento. Para prescrições, registre nome do medicamento, dose, frequência e duração. Documente não apenas o que foi feito, mas por quê. Se decidiu não solicitar um exame complementar, explique a razão. Se não encaminhou a um especialista, justifique. Esse raciocínio demonstra que você considerou adequadamente as opções.

Se usa prontuário em papel, mantenha caligrafia clara. Se eletrônico, evite templates genéricos, personalize cada entrada. Nunca copie e cole notas de atendimentos anteriores.

Documente em tempo real ou logo após o atendimento. Não deixe lacunas significativas. Em acompanhamentos contínuos, registre cada visita ou contato com o paciente.

Boa prática 2: incluir sempre consentimentos e recusas do paciente de maneira formal

O consentimento informado é um direito fundamental e requisito legal. Não é apenas um formulário assinado, é um processo de comunicação.

Explique ao paciente a natureza do procedimento, benefícios esperados, riscos possíveis (incluindo raros), alternativas disponíveis e consequências de não realizar. Dê oportunidade para perguntas e garanta compreensão. Documente que essa conversa ocorreu.

Use formulários específicos para cada procedimento, não genéricos. Linguagem clara, sem jargão médico incompreensível.

Quando um paciente recusa procedimento recomendado, registre que você explicou os riscos, que o paciente compreendeu e ainda assim recusou. Isso o protege contra acusações de negligência.

Documente qualquer decisão significativa do paciente, não seguir o plano de tratamento, recusar medicação, etc. Isso demonstra que você estava ciente e acompanhando apropriadamente.

Boa prática 3: evitar termos opinativos ou subjetivos

Seu prontuário deve ser objetivo, baseado em fatos, livre de julgamentos pessoais.

Documente o que não encontrou. Por exemplo, se examinou o abdômen de um paciente e não encontrou sensibilidade, o prontuário deve documentar “abdômen mole, sem sensibilidade”. Isso demonstra que você realizou um exame completo. Se considerou um diagnóstico diferencial mas o descartou, registre isso. Isso prova que você pensou criticamente e considerou as opções de diagnóstico adequadamente.

Boa prática 4: atualizar informações em tempo real em plantão e equipes multidisciplinares

Registre informações logo após o atendimento, enquanto detalhes estão frescos. Isso garante precisão e completude. Se você espera dias ou semanas para documentar, a memória dos detalhes pode estar prejudicada. Quando múltiplos profissionais cuidam do paciente, cada um deve documentar suas ações. Use um sistema de prontuário comum que todos acessem.

Se um profissional faz recomendação importante, documente e comunique aos outros membros da equipe. Em plantão com múltiplos pacientes, faça notas breves durante o atendimento e complete a documentação detalhada assim que possível. Sempre no mesmo dia.

Boa prática 5: garantir o sigilo e o armazenamento seguro dos dados

Seu prontuário eletrônico deve estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Implemente medidas de segurança adequadas, garanta que dados sejam coletados apenas para fins legítimos e armazenados apenas pelo tempo necessário.

Criptografia de dados, firewalls, controle de acesso e backup regular são essenciais. Se usa prontuário em papel, armazene em local seguro (arquivo trancado) com acesso restrito.

Apenas profissionais de saúde envolvidos no cuidado devem acessar. Funcionários administrativos não devem ter acesso ao conteúdo clínico. Mantenha registros de quem acessou o prontuário e quando. Isso detecta acessos não autorizados.

Prontuários em papel devem ser destruídos de forma segura (serviço de destruição de documentos). Registros eletrônicos devem ser deletados de forma que não possam ser recuperados.

Proteja sua carreira com a Forza

O prontuário médico é muito mais que um registro administrativo, é seu principal instrumento de defesa. Um prontuário bem documentado pode ser a diferença entre uma defesa bem-sucedida e uma condenação injusta.

No entanto, estruturar esses processos corretamente, especialmente prontuários adequados e documentação de consentimento, é complexo. A Forza Seguros ajuda você a estruturar esses processos críticos, revisa seus documentos, garante conformidade com normas do CFM e LGPD, e orienta sua equipe sobre melhores práticas. Você não fica sozinho nessa responsabilidade.

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